segunda-feira, julho 19, 2010

Mais uma conversa como outras tantas

Conversa entre A e B.



A - Gosto de falar com ele, gosto de estar com ele, gosto de olhar para ele, gosto de o ver rir, gosto de andar com ele por aí, gosto de lhe tocar; gosto de falar como ele, gosto de andar com- ...

B - Isso já é estúpido.

A - É o amor, não vês?

B - Obsessivo...

A - Não. Não compreendes. Isto é o amor. O amor influência a maneira como ages.

B - Inconscientemente sim, mas não te faz gostar do que fazes... Estou só a concordar contigo, mas acho que o amor não é isso.

A - Vê-se mesmo que nunca te apaixonaste.

B - Já, mas nunca achei que fosse algo deveras importante. Acontece, ponto final. Não dou grande importância, mas sei que está presente em mim, não o ignoro mas também não o transpareço cá para fora. Não vale a pena e não merece tanta importância...

A - Isso são pequenas paixões. Acho bem que as tenhas, também já as tive e continuo a ter, é necessário no "hoje em dia". Mas o que sinto agora não é uma pequena paixão mas um amor enorme!

B - Vives num mundo completamente à parte do meu. Não vives no mundo real. Não tens os pés assentes na terra. Ainda és uma pequena criança que julga que tudo é bonito. Devias acordar para a vida e deixar-te dessas merdas.

A - Fazes-me sorrir porque é engraçado o modo como falas do amor. Não percebes e não te censuro por isso, apenas te acho piada. Nunca ouviste dizer que o amor é cego ?

B - Já, mas esse teu amor não é cego... É obsessivo.

A - Tens uma certa graça quando o dizes, até porque estou cega por amor e não sou obsessiva como dizes. Gosto de ti. Gosto de ti mas não vais perceber o que sinto se não te apaixonares. Despacha-te e apaixona-te! Vê se encontras alguém que possas amar! Despacha-te e vais perceber do que te falo.

B - As coisas não são assim. O amor não é encontrado ao despache mas -...

A - Vês! Já falas como uma apaixonada! Eu sei que o amor não é encontrado ao despache. Eu sei disso.

B - Se o sabes então porque o dizes? Às vezes não te consigo mesmo perceber..

A - Digo-o porque tu não entendes. Mas um dia hás-de entender, eu sei que sim, eu consigo senti-lo.

B - Lá estás tu com essas tuas manias de que sentes as coisas...

A - É verdade! E nunca me enganei! Tu sabes disso.
...
...
...
Amo-te.

B - Pelo que dizes, eu não percebo isso do amor, mas... Também te amo.



Adriana - Sei lá 8D

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