Conversa entre A e B.
A - Gosto de falar com ele, gosto de estar com ele, gosto de olhar para ele, gosto de o ver rir, gosto de andar com ele por aí, gosto de lhe tocar; gosto de falar como ele, gosto de andar com- ...
B - Isso já é estúpido.
A - É o amor, não vês?
B - Obsessivo...
A - Não. Não compreendes. Isto é o amor. O amor influência a maneira como ages.
B - Inconscientemente sim, mas não te faz gostar do que fazes... Estou só a concordar contigo, mas acho que o amor não é isso.
A - Vê-se mesmo que nunca te apaixonaste.
B - Já, mas nunca achei que fosse algo deveras importante. Acontece, ponto final. Não dou grande importância, mas sei que está presente em mim, não o ignoro mas também não o transpareço cá para fora. Não vale a pena e não merece tanta importância...
A - Isso são pequenas paixões. Acho bem que as tenhas, também já as tive e continuo a ter, é necessário no "hoje em dia". Mas o que sinto agora não é uma pequena paixão mas um amor enorme!
B - Vives num mundo completamente à parte do meu. Não vives no mundo real. Não tens os pés assentes na terra. Ainda és uma pequena criança que julga que tudo é bonito. Devias acordar para a vida e deixar-te dessas merdas.
A - Fazes-me sorrir porque é engraçado o modo como falas do amor. Não percebes e não te censuro por isso, apenas te acho piada. Nunca ouviste dizer que o amor é cego ?
B - Já, mas esse teu amor não é cego... É obsessivo.
A - Tens uma certa graça quando o dizes, até porque estou cega por amor e não sou obsessiva como dizes. Gosto de ti. Gosto de ti mas não vais perceber o que sinto se não te apaixonares. Despacha-te e apaixona-te! Vê se encontras alguém que possas amar! Despacha-te e vais perceber do que te falo.
B - As coisas não são assim. O amor não é encontrado ao despache mas -...
A - Vês! Já falas como uma apaixonada! Eu sei que o amor não é encontrado ao despache. Eu sei disso.
B - Se o sabes então porque o dizes? Às vezes não te consigo mesmo perceber..
A - Digo-o porque tu não entendes. Mas um dia hás-de entender, eu sei que sim, eu consigo senti-lo.
B - Lá estás tu com essas tuas manias de que sentes as coisas...
A - É verdade! E nunca me enganei! Tu sabes disso.
...
...
...
Amo-te.
B - Pelo que dizes, eu não percebo isso do amor, mas... Também te amo.
Adriana - Sei lá 8D
"B - Isso já é estúpido."
ResponderEliminarPalavras sábias....
Lá estás tu com as reticências e o ponto final.
ResponderEliminar:D
Eu e a ambiguidade somos um só.
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