Sussuro bem baixo que o que ouço são suspiros. As coisas em meu redor desaparecem e eu fico no meu mundo. Agrada-me, pois é meu. Toda a gente gosta de algo seu e se não posso ter algo material ao menos que tenha algo imaginável com o qual possa jogar.
As cores são tão vivas, a alegria que paira é imensa e eu sou um pequeno corpo num grande mundo com o qual posso brincar e acrescentar ou retirar coisas.
Sinto-me leve, quase capaz de voar; então fecho os olhos e deixo-me levar, sinto-me ainda mais leve e quando abro os olhos vejo-me tão acima dos montes verdes do campo que acredito voar.
Não vejo asas, pois não sou nenhum anjo, mas só o desejo do voo o tornou tão real e possível.
Estou tão alta que a brisa me passa pelos cabelos e me faz sentir bem comigo mesma, faz-me sentir desejada, desejada pelo mundo, desejada por mim mesma. Sinto-me uma nova pessoa. Adoro esta sensação, é ímpossivel não adorar.
Tento ir mais longe, desejo sobrevoar o mar, mais uma vez fecho os olhos e quando dou por mim sinto o cheiro do mar, então abro os olhos e vejo uma imensidão de oceano, quase inacabável. Da altura a que me encontrava era possível observar o tão conhecido horizonte, aliás, era até possível observar a curvatura da Terra, algo inexpicável, único e maravilhoso.
Era um sonho, o sonho que ganho quando a música me invade; sou levada para outro mundo. O meu. Prefiro ouvir e compreender a decorar e cantar.
Obrigada pela leitura atenciosa.
Adriana - Sei lá 8D
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